A insuficiência cardíaca (IC), é uma doença grave e crónica, e estima-se que afeta 26 Milhões de pessoas em todo o mundo!
Esta doença ocorre quando o coração não consegue bombear o sangue para o corpo na quantidade necessária e quando o coração não consegue relaxar e receber novamente o sangue de forma normal.
Além desta doença ser bastante perigosa e com enormes complicações, segundo Susana Heiror, especialista em medicina interna e investigadora em cardiovascular outcomes trials (CVOTs) a “insuficiência cardíaca nunca está só”!
“Efetivamente, o que temos percebido ao longo dos anos é que esta entidade nunca está sozinha, pois cerca de 74% dos doentes com IC apresenta pelo menos uma comorbilidade”. No topo da lista estão a doença renal crónica (DRC), a anemia e a diabetes mellitus.
A verdade é que “estes doentes habitualmente têm várias comorbilidades (três ou mais de três) e quando falamos de mais de três é fundamental perceber que isso implica um declínio não só da qualidade de vida, com mais internamentos e hospitalizações, como também maior taxa de mortalidade”, notou a especialista.
Segundo a ESC, estas comorbilidades podem ser definidas em duas categorias distintas. Cardiovascualres e não cardiovasculares, e na primeira categoria inclui a fibrilhação auricular – que poderá levar a paragens cardiorrespiratórias.
Sobre a tríade risco cardiovascular (CV), IC e diabetes, a Doutora Susana Heitor, lembrou que “estas partilham vários fatores de risco comuns, como a obesidade, a resistência à insulina, a dislipidemia, a inflamação e a trombofilia”, destacando ainda que “a IC é o segundo evento CV mais comum em doentes com diabetes tipo 2”.
Visualize a conferência “Insuficiência cardíaca na diabetes” aqui.