Arritmias Cardíacas – A importância do ritmo certo

Um coração saudável e com o correto batimento cardíaco, são vitais para termos uma vida de qualidade, não se tratando o coração, do órgão principal dos seres Humanos.
O ritmo e a cadência com que o nosso coração bate, diz muito sobre a nossa condição de saúde e sobre a nossa condição cardíaca, e uma arritmia cardíaca não é um bom sinal.

O que é uma arritmia cardíaca?

A arritmia é um batimento cardíaco anormal. Assim, as alterações do ritmo do batimento cardíaco designam-se por arritmias e podem manifestar-se por:

  • alterações da frequência com que se dá o batimento cardíaco: mais rápida ou mais lenta.
  • alterações da regularidade com que o batimento cardíaco ocorre.

Algumas arritmias são consideradas benignas, mas outras podem ser fatais e originar morte súbita.

Existem diferentes tipos de arritmias cardíacas?

Sim. A arritmia pode ser:

  • lenta
  • rápida: aquelas cujos batimentos são acima de 100 por minuto. Estas arritmias dividem-se em dois tipos, conforme o local onde têm origem:
  • arritmias supraventriculares: quando a sua origem é ao nível das aurículas
  • arritmias ventriculares: quando a origem é nos ventrículos
  • sinusal respiratória: este tipo de arritmias pode ocorrer na criança ou no jovem e é totalmente normal que ocorram
  • extrassístole: estas arritmias caracterizam-se por batimentos precoces que ocorrem mais cedo no ciclo cardíaco. São muito frequentes na população e, na grande maioria das vezes, são benignas
  • taquicardia sinusal: aquelas cujos batimentos são acima de 100 batimentos por minuto
  • taquicardia ventricular mantida: caracterizam-se por batimentos rápidos a nível dos ventrículos, e que pode culminar na fibrilhação ventricular, com paragem cardíaca ou morte súbita
  • fibrilhação auricular: é uma arritmia que se manifesta por batimentos cardíacos rápidos e irregulares. Nestes casos pode ocorrer uma espécie de “curto circuito” nas aurículas, que perdem a capacidade de contraírem normalmente. O coração em fibrilhação auricular não funciona de forma adequada, torna-se menos eficaz e apresenta o risco de formação de coágulos no seu interior. Estes coágulos podem libertar-se para a circulação sanguínea e dar origem a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), a principal complicação desta arritmia

 

 

fibrilhação auricular é a arritmia mais frequente, aumenta 3 a 5 veze o risco de aparecimento de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquémico tornando-a por si só, uma das principais causas para a mortalidade cardíaca.

“A sua prevalência aumenta com a idade, sendo mais elevada nos indivíduos que têm outras doenças cardíacas. Pode afetar cerca de 10 % da população idosa e calcula-se que em Portugal existirão cerca de 250.000 pessoas com esta arritmia”, adianta Carlos Morais, Presidente da Bate Bate Coração.

Por este motivo é importante que cada vez mais hajam instituições cardioprotegidas, com a implementação de Desfibrilhadores Automáticos Externos !

Quais os principais fatores de risco para desenvolver as arritmias cardíacas?

Tratando-se de uma condição relacionada com as doenças cardiovasculares, os principais fatores de risco são semelhantes, sendo eles:

  • Tabagismo
  • Sedentarismo
  • colesterol elevado
  • hipertensão arterial
  • obesidade

A agravante desta situação é que mais de metade da população Portuguesa acumula mais de dois fatores de risco!

Tem por hábito medir a sua pulsação, ou realizar eletrocardiogramas preventivamente, para saber a saúde do seu coração e dos seus batimentos?

A melhor forma de diagnosticar arritmias é com a realização de Eletrocardiogramas(ECG).

Com este exame é possível obter uma representação gráfica da produção de corrente elétrica a cada batimento do coração, durante o período da realização desse exame (menos de um minuto).